sábado, 24 de agosto de 2013

Pirenópolis - GO

Essa foi a viagem que escolhemos pra fazer com os padrinhos do Joaquim, uma viagem de batizado. Apesar dos pais não seguirem nenhuma religião, simpatizamos com a ideia do nosso filho ter padrinhos. Como diz uma bruxa amiga minha, "é um conforto pra alma". E assim como os religiosos batizam seus filhos em locais sagrados, também o fizemos. Lugar sagrado pra mim é lugar de água pura, cristalina e farta, pra beber e se banhar, lugar com vegetação nativa e estrada de terra!

Ficha técnica:
Paisagem: cachoeira, Cerrado, cidade histórica
Hospedagem: casa alugada
Transporte: avião e carro alugado
Duração: 7 noites
Grau de novidade: já conhecíamos a cidade e uma cachoeira
Evento especial: primeira viagem com os dindos e primeira viagem de avião
Pequeno viajante: Joaquim, 5 meses


A primeira ideia era ser mais radical e ir pra Chapada dos Veadeiros, mas como não poderíamos usar a mochila pra carregar o Joaquim (que só pode ser usada depois que o nenê senta sozinho), não aproveitaríamos os melhores lugares, que precisam de caminhadas moderadas a longas. Mas o Cerrado continuou me chamando e assim escolhemos Pirenópolis, onde já havíamos passado na ida pro Jalapão, dois anos antes (essa história eu contei aqui no Aralume).

O preço convidativo das passagens aéreas pra Brasília também contou a favor. Ah, e os casarões de Piri me seduziram profundamente! Depois de muito pesquisar fiquei com uma lista de três ótimos lugares e acabamos optando pelo Solar da Aldeia, uma casa linda, que fica de frente pra igreja matriz (tem a desvantagem do barulho da rua, mas não é nada que quem more em cidade não esteja acostumado...).

As outras opções foram a Casa de Marisa, que também fica no centro histórico, mas numa rua um pouco mais tranquila, e a Casa de Pirenópolis, que não é um casarão histórico, mas parece ser bem bonita e agradável. Se alguém já foi pra alguma delas, me conta!

Outro ponto a favor dessa viagem é que um casal de amigos (com nenê!) tinha acabado de se mudar pra lá! Foi muito bacana contar com a companhia e as dicas da Fê e do Vini, que já conheciam muito bem os restaurantes, mercados, feira e cia.

Sobre o transporte, essa foi a primeira viagem de avião do Joaquim e ele gostou bastante da experiência :) mamou e dormiu o trecho todo, tanto na ida quanto na volta.

Aeroporto é uma coisa meio tumultuada e corrida e nesse pequeno caos foram de suma importância a dinda e o sling (wrap sling, meu favorito!). A dinda, Marina, super agilizada, ajudou a encaminhar o check-in, achar a fila certa, pegar documentos, entender detalhes da bagagem (estávamos com o carrinho), enfim, essas coisas que quando eu não tinha filho fazia sem nem perceber, mas que com um nenê grudado toma outra proporção. Claro que o dindo, Fred, e o papai também ajudaram bastante, carregaram malas, etc, mas a desenvoltura da Má me conquistou! (vale lembrar que essa foi a primeira vez que viajamos juntas. O Fred, em compensação, é companheiro de muitas aventuras, por ar, mar, rio, a pé e de bicicleta).

Tínhamos reservado um carro no aeroporto de Brasília, mas nos esquecemos de solicitar a cadeirinha pro Joaquim. Por sorte tinha uma disponível! Alugamos um dobló, com espaço e conforto pra todo mundo.

Rodamos um pouco em Brasília até achar um supermercado, mas valeu a pena ter comprado as coisas lá, porque Piri tem uns mercadinhos que são bons pra quebrar um galho, mas não tem muita variedade. Compramos muita comida e no final cozinhamos muito pouco... Piri tem muitos e deliciosos restaurantes, com preços honestos.

Fomos muito bem recebidos pela nossa anfitriã Verlaine. A casa superou nossas expectativas! Uma varanda deliciosa, um jardim imenso e - sonho da mãe que lava fraldas - uma lavanderia enoooooorme, bonita e arrumada, com abundantes varais, tanto cobertos quanto no sol. Mais uma informação importante sobre a casa: a Cida foi todos os dias fazer uma limpeza (louça, fogão, banheiros...). Puro luxo e preço bem menor que hotel. Ainda conseguimos um bom desconto por estar fora de temporada.

A Verlaine também nos deu algumas dicas de lugares pra ir e disse que estava acontecendo um festival de música na cidade! No dia seguinte fomos no show do Hamilton de Holanda e foi lindo, emocionante. Com água mineral e sem preparativos ou combinações, a Marina e o Fred batizaram o Joaquim ali no teatro, que é pra mim também um local sagrado, lugar de arte e sensibilidade.

Mas vamos às cachoeiras, que foi por elas que fomos pra lá! A primeira foi a do Abade, que tem duas opções de trilhas, uma que vai direto pra cachoeira maior e outra que passa também por outras cachoeiras e uma ponte pênsil. Adivinha qual nós escolhemos?!

O valor da entrada é um pouco alto - R$ 25,00 por pessoa - mas as trilhas são muito bem feitas e tem uma boa estrutura de banheiros e lanchonete na recepção. Se quiser fazer a trilha menor fica mais barato, uns R$ 15,00 acho.

A primeira parada. Na trilha eu carreguei o Joaquim no sling, mas o carrinho foi bom pra ele dar uma espreguiçada quando o chão era muito irregular. 

Aventura!!! Mas não se assuste... na foto é mais radical do que ao vivo, rs...

O primeiro contato com a água pura do cerrado! Só os pés, mas já valeu!



Depois da interação com a água, nada como mamar enrolado na toalha!

Pra dar banho no Joaquim a gente comprou um balde no supermercado! Só achei daquele modelo flexível, mas mesmo assim deu certo. O balde foi útil também pra lavar as fraldas e roupinhas dele ;)

Ofurô no quarto, chiquérrimo!!!

A generosa cozinha do casarão...

Delícia de varanda em L e com várias redes, inclusive rede Wi-Fi, hehe... (os computadores os workaholics que levaram)

Essa é só uma parte do jardim! Tem ainda uma piscina, que esquecemos de fotografar :(

A sala principal. Tem também uma saleta que pode virar quarto e mais três quartos.

No segundo dia fomos pra Reserva da Vargem Grande, que já conhecíamos. A entrada custa R$ 20,00 e a trilha também é bem feita, a propriedade é toda bem cuidada. São duas cachoeiras e no caminho pra primeira resolvemos fazer uma parada na beira do riacho, pra curtir um momento VIP.

Dessa vez o papai que levou o nenê no sling.

O kindle é um ótimo companheiro de aventura (não, eu não ganho comissão da Amazon... mas deveria!)

A cachoeira Santa Maria - que é a primeira - tem uma prainha deliciosa!




A próxima foi a cachoeira das Araras, mas dessa não gostei muito. O entorno é cheio de quiosque e a cachoeira fica com uma cara de "detonada". Não tem um lugar gostoso pra relaxar na sombra, por exemplo.



Essa foi a nossa casa em Pirenópolis! Quem fotografou está de costas pra igreja matriz.

No último dia voltamos na melhor de todas, a cachoeira Santa Maria, na Reserva da Vargem Grande.

Théo, Vini e Fê, nossos anfitriões goianos!


Buritis e a paisagem do cerrado, pela qual sou apaixonada!

No final não fotografamos muito a cidade, que é um show à parte. O casario muito bem conservado, as ruas calçadas com pedras e a fiação subterrânea fazem com que você se sinta numa viagem no tempo. À noite os restaurantes colocam mesinhas na calçada, o que dá um charme todo especial.

Depois desses dias maravilhosos, a volta pra casa que foi puxada, com direito a correria na hora de devolver o carro, fazer check-in e embarcar. Em São Paulo ainda esquecemos a mala do Joaquim no ônibus do aeroporto, mas felizmente lembrei a tempo e corri pra buscar, ufa! É que os dindos voltaram um dia antes, então ficamos sem apoio... mas o tio Marcelo buscou a gente no aeroporto e no final deu tudo certíssimo.